Quem ainda não sentiu medo?
A pergunta que se deve fazer é: "Onde está a sua força"? Em que momento da vida você decidiu se abandonar? Em que momento da vida você se desconectou com a força maior chamada Deus? Costumo dizer que, quem tem medo, perde a sua ligação com o todo.
O medo, na medida certa, é adequado, porque nos faz parar, examinar a situação, averiguar os riscos e trocar um plano de ação. Se não sentíssemos medo, como saberíamos que pular de uma altura de um prédio de dez andares é perigoso? O problema se instaura quando os riscos ficam maiores que as possíveis soluções, e a pessoa decide parar e tremer de medo até que algo, que não depende dela, aconteça.
Como nada acontece sem o impulso da própria pessoa, ela passa a desacreditar em Deus, achando que Ele a abandonou, não veio lhe salvar e, como uma ação, se encolhe, se esconde, alegando não ter forças, não saber o que fazer, e se entregando e aceitando o medo como único companheiro. O que era apenas para ser analisado, passa a ser agora remediado, e a espera de um milagre.
Para reencontrar a sua força perdida, a pessoa deve relembrar de momentos em que o medo esteve presente, mas que ela foi maior, enfrentou os desafios, se arriscou, se esforçou e conseguiu a vitória. Fazer um paralelo com os medos atuais e com as possibilidades de vitória fará com que a confiança em si retorne e possibilite traçar novos planos de ação.
(*) Maura de Albanesi é psicoterapeuta, pós-graduada em Psicoterapia Corporal, Terapia de Vivências Passadas (TVP), Terapia Artística, Psicoterapia Transpessoal e Formação Biográfica Antroposófica; Master Pratictioner em Neurolingüística e mestranda em Psicologia e Religião pela PUC.
(**) O conteúdo dos artigos médicos é de responsabilidade exclusiva dos autores.
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