TEMÁTICA


“Uma boa teoria deve satisfazer a dois requisitos: Precisa descrever com precisão um número razoável de observações, com base em um modelo que contenha poucos elementos arbitrários; e deve prever com boa margem de definição resultados de observações futuras. Qualquer teoria é sempre provisória, no sentido de que é apenas uma hipótese, você nunca poderá prová-la em definitivo. Não importa quantas vezes os resultados das experiências estejam de acordo com algumas teorias, não se pode ter certeza de que a próxima vez o resultado não irá contradizê-las. Por outro lado, você pode refutar uma teoria por encontrar uma única observação que não concorde com as suas previsões”

Stephen Hawking (Uma Breve História do Tempo)

As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento e muito menos de diagnóstico.

Consulte sempre um profissional da saúde.

27 de nov. de 2010

CIRURGIAS ESTÉTICAS ÍNTIMAS

Cirurgias íntimas com finalidade estética geram controvérsia entre os médicos

Pouca gente se espanta ao saber que uma atriz famosa injeta toxina na testa a cada seis meses, ou que a vizinha turbinou os seios e deslocou a gordura da barriga para o bumbum. Mas quando se fala em preencher os lábios vaginais ou reconstituir o hímen para realizar uma nova lua-de-mel com o marido, nem todo mundo reage com naturalidade. Nem mesmo os médicos, que estão acostumados a lidar com todo tipo de queixa.Cirurgiões plásticos, ginecologistas e especialistas em sexualidade consultados pelo UOL Ciência e Saúde concordam em um ponto: quando a mulher tem um problema funcional, como a perda da elasticidade da vagina que pode ocorrer após sucessivos partos naturais, o procedimento cirúrgico é realizado sem maiores questionamentos.
À medida que procedimentos como a lipoaspiração tornam-se mais comuns, mulheres ganham coragem para modificar partes mais íntimas do corpo
Já se a mulher procurar o cirurgião apenas por uma questão estética, provavelmente vai se deparar com opiniões diferentes. Alguns médicos acreditam que é legítimo querer reduzir os grandes ou pequenos lábios vaginais porque o volume gera desconforto durante a penetração ou a atividade física. Mas esculpir ou clarear a genitália só para ficar igual à última estrela da Playboy não faz sentido para muitos especialistas, ainda que a paciente insista que a mudança vai beneficiar sua vida sexual."É preciso deixar claro para a paciente que, assim como acontece com seios e narizes, vulvas e vaginas têm uma variedade imensa de tamanhos, formatos e cores", afirma o ginecologista Michael Goodman, que diz realizar cerca de três cirurgias íntimas por mês em seu consultório na Califórnia. "Se depois de receber aconselhamento, às vezes até psicológico, ela continuar querendo, a decisão é dela, não é mais minha", opina Goodman.O médico está coordenando uma das primeiras grandes pesquisas sobre esse tipo de procedimento nos EUA, que deve ser concluída no fim deste ano. O objetivo é avaliar não apenas as técnicas empregadas e possíveis complicações, mas o quanto elas beneficiam a auto-estima e a vida sexual das mulheres. Assim como no Brasil, faltam estatísticas sobre cirurgias íntimas na literatura internacional. Ele conta que há basicamente três perfis de pacientes interessadas nesse tipo de procedimento. O primeiro é de mulheres jovens, com cerca de 18 anos, que têm vergonha do volume exibido ao colocar uma roupa mais justa. "Elas observam as modelos nas revistas, ou as colegas na piscina, e ficam constrangidas", diz. As cirurgias mais comuns, nesse caso, são a labioplastia e a lipoaspiração no púbis, ou "monte de Vênus" (esta última é procurada inclusive por homens, já que o acúmulo de gordura nessa região pode deixar o pênis um pouco escondido).A estudante de pedagogia Elizabete, de 22 anos, faz parte desse grupo. Há três meses, ela submeteu-se à redução dos grandes lábios, por achar que eram maiores que a média. "Tinha vergonha de colocar o biquíni, aquela saliência me incomodava muito", relata. Ela diz que o incômodo da cirurgia dura apenas uma semana e que foi preciso ficar 45 dias sem relações sexuais, "mas valeu muito a pena". Outra parcela de pacientes, de acordo com Goodman, é composta por aquelas mulheres que passaram por um ou mais partos naturais e querem corrigir os músculos do períneo ou estreitar o canal vaginal. E o terceiro grupo é de pacientes mais maduras que se queixam da flacidez dos lábios vaginais ou também da perda de elasticidade na vagina provocadas pelo tempo. Para ele, é hipocrisia criticar a cirurgia íntima para fins estéticos numa época em que colocar silicone nos seios virou rotina nas clínicas. Mas é preciso ser cauteloso. "O médico deve gastar seu tempo com a paciente para entender o que está por trás da vontade de operar, antes de decidir se vai ou não realizar o procedimento", pontua.
Fonte: Tatiana Pronin
Postado por HRubiales

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