TEMÁTICA


“Uma boa teoria deve satisfazer a dois requisitos: Precisa descrever com precisão um número razoável de observações, com base em um modelo que contenha poucos elementos arbitrários; e deve prever com boa margem de definição resultados de observações futuras. Qualquer teoria é sempre provisória, no sentido de que é apenas uma hipótese, você nunca poderá prová-la em definitivo. Não importa quantas vezes os resultados das experiências estejam de acordo com algumas teorias, não se pode ter certeza de que a próxima vez o resultado não irá contradizê-las. Por outro lado, você pode refutar uma teoria por encontrar uma única observação que não concorde com as suas previsões”

Stephen Hawking (Uma Breve História do Tempo)

As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento e muito menos de diagnóstico.

Consulte sempre um profissional da saúde.

6 de dez. de 2010

HISTÓRIA DA MASTURBAÇÃO

Gravura em uma cratera gregaretratando a masturbação de um sátiro, do século VI a.C.
Registros de que o Homo sapiens se masturbava são datados da era paleolítica  10000 a.C., com inscrições feitas por homens primitivos mostrando figuras de masturbação solitária, coletiva ou como parte de rituais.
GRÉCIA
Na Grécia Antiga, de moralidade sexual muito livre, comparada à Ocidental atual, a masturbação era um ato sexual usual e aceito como natural.
EGITO
No Antigo Egito a masturbação era uma prática coletiva feita em santuários de adoração as divindades como o Atum e as mulheres quando morriam eram mumificadas com os objetos fálicos utilizados por elas, uma espécie de vibrador de argila.
MAIAS
Os Maias também possuíam rituais de masturbação e desenhavam esses rituais em pedras que são encontradas hoje em ruínas.
INDIANOS
Os Indianos tinham a crença de que a masturbação acarretava perda de energia vital e evitavam a prática para se sentirem mais fortes. O esperma era considerado o elixir da vida e deveria ser conservado dentro do corpo o maior tempo possível. Essa crença se deve a substância cadaverina presente tanto no esperma como na putrefação de cadáveres, dando a estes aromas semelhantes. Veio daí a crença de que a masturbação deixa as pessoas fracas e poderia levá-las até a morte. Nesse contexto se desenvolveu o sexo tântrico e a masturbação tântrica.
ROMA
No Império Romano, era comum o homem se masturbar horas antes da relação sexual para retardar a ejaculação no coito com a parceira. Esta prática é indicada até hoje para o tratamento de ejaculação precoce.
CULTURA JUDAICO-CRISTÃ OCIDENTAL
Com a chegada da cultura judaico-cristã no Ocidente, iniciou-se um processo de repressão, por motivos morais e religiosos. Nomeadamente, o desperdício voluntário de esperma (ou sêmen) era pecado grave, punido, algumas vezes, até com pena de morte. Este fenômeno teve dois grandes responsáveis: a Igreja Católica e a Medicina.
IGREJA CATÓLICA
A Igreja Católica, através do teólogo São Tomas de Aquino, classificou-a como um pecado contra natureza, mesmo pior do que incesto. Ele se baseava na interpretação da narrativa (critica-se, errônea) do Antigo Testamento sobre Onã. A descoberta do espermatozóide, em 1677, motivou a Medicina a se associar à Igreja Católica para qualificar a masturbação como uma doença abominável e um mal moral, uma vez que o espermatozóide veio a ser considerado como um bebê em miniatura.
A morte de Onã, aguarela de Franc Lanjšček.
SÉCULO XVII A XIX
A repressão da masturbação foi, conseqüentemente, a regra nos Séculos XVII a XIX. Era vista como uma doença que provocava distúrbios do estômago e da digestão, perda do apetite ou fome voraz, vômitos, náuseas, debilitação dos órgãos respiratórios, tosse, rouquidão, paralisias, enfraquecimento do órgão de procriação a ponto de causar impotência, falta de desejo sexual e ejaculações noturnas e diurnas. Em 1758, Samuel Auguste Tissot publica o "Ensaio sobre as doenças decorrentes do Onanismo", em que diz que esta doença ataca os jovens e libidinosos e, embora comam bem, emagrecem e consomem seu vigor juvenil.
Criaram-se mitos anticientíficos fortemente negativos acerca da prática da masturbação, visando a desencorajar o ato nos jovens ainda em desenvolvimento psico-sexual, o que levou a muitos casos de complexos de culpa, medos e recalcamentos. Vários mitos populares que visam desencorajar a prática da masturbação remontam aos séculos XVIII e XIX, quando a sociedade européia promoveu a censura da sexualidade.
SÉCULO XX
No entanto, no início do século XX, surgiram novos estudiosos com Sigmund Freud, Kraft-Hebing e Havelock Ellis, com novas linhas de pensamento que levaram a uma visão diferente da masturbação.
O peso histórico da carga negativa e pecaminosa desta atividade ainda existe  em algumas pessoas, inibindo-as da vivência plena da sua sexualidade ou mesmo atrofiando o seu natural desenvolvimento psico-sexual. Atualmente, o novo Catecismo da Igreja Católica classifica-a de "desordem moral" a ser vencida pelo crente. O ato  ainda é condenado pelas religiões evangélicas.
Masturbação feminina por Gustav Klimt.

FINAL DO SÉCULO XX
No final do século XX foi criado um consenso por profissionais de saúde de que masturbação é sadia, e com o advento da especialização acadêmica da sexualidade o ato é defendido por especialistas como parte do desenvolvimento sexual de uma pessoa normal. O mercado de vibradores e estimulantes ao ato vem crescendo no mundo todo com lojas na Internet.
Recentemente, estudos mostraram que a masturbação pode prevenir o câncer de próstata nos homens e aliviar os sintomas de depressão.
Fonte: pt.wikipedia.org

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